Lisboa, 04 out 2018 (Ecclesia) – A Liga Operária Católica/ Movimento de Trabalhadores Cristãos de Portugal (LOC/MTC) procura estabelecer uma “globalização de justiça e solidariedade contra a indiferença” e associa-se à exigência de “um direito mundial ao trabalho digno”.
“Necessitamos de contrariar o trabalho inadequado, o trabalho escravo, o trabalho infantil, as condições de exploração no trabalho e as formas que danificam a sua natureza: O trabalho precário e os baixos salários; as agências de trabalho temporário; o trabalho forçado e o trabalho em esforço; o trabalho que segue ao ritmo da máquina”, lê-se no site da LOC/MTC.
Numa mensagem para a Jornada Mundial pelo Trabalho Digno, que anualmente se assinala a 7 de outubro, este ano no próximo domingo, o Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos (MMTC) destaca que “o objetivo deve ser que as pessoas em todo o lado possam viver e trabalhar com dignidade”.
Por isso, alerta que a “situação laboral é incerta” e a segurança laboral “não está garantida” e, em muitos casos, as pessoas “ganham muito pouco para eles e as suas famílias” libertarem-se da pobreza.
“O acesso à educação, à saúde, à habitação, à alimentação, aos serviços e à proteção social, são muito limitados, mas, são fundamentais para levar uma vida digna”, acrescenta a MMTC, denunciando que “os países ricos do norte impõem o seu poder económico contra os países pobres do sul”.
“O capitalismo financeiro globalmente ativo domina e dirige a economia e a política em todo o mundo. São os grandes gestores de ativos e do dinheiro, poderes económicos que saíram vitoriosos da globalização à custa dos trabalhadores, dos desempregados, dos débeis, dos pobres e dos excluídos”, desenvolve.
Os trabalhadores cristãos realçam que a defesa do “trabalho digno” é um tema abordado pela OIT – Organização Internacional do Trabalho desde a sua fundação, há 100 anos e destacam também que as Nações Unidas (ONU) incluíram-no nos objetivos da ‘Agenda 2030’ do Desenvolvimento Sustentável.
A Jornada Mundial pelo Trabalho Digno, dia 7 de outubro, em Portugal vai ser assinalado, por exemplo, no Arciprestado de Braga onde os movimentos da Pastoral Operária – LOC/MTC, Juventude Operária Católica (JOC), Movimento Apostolado Adolescentes e Crianças (MAAC)- vão realizar uma ação de sensibilização na Paroquia de Tibães e, na véspera, este sábado, vai ser distribuído um postal alusivo à esta jornada em Braga.
A Pastoral Operária de Lisboa vai assinalar este dia, com uma celebração na igreja do Campo Grande, às 12h00, onde pretende “refletir sobre o trabalho digno e o rendimento básico universal”.