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DIA INTERNACIONAL DA MULHER 8 MARÇO DE 2018
MULHER: ANUNCIADORA DE DIGNIDADE E LIBERDADE
O MMTC – Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos celebra no dia 8 de de março, com todas as mulheres do mundo, o caminho histórico percorrido na emancipação, na assunção do poder e na igualdade de género, sobretudo no acesso aos direitos cívicos, às oportunidades profissionais e às responsabilidades domésticas e recorda com carinho e gratidão todas as mulheres que assumiram esta causa e esta luta.
Celebrar o Dia Internacional da Mulher continua a fazer todo o sentido porque, em muitos cantos do mundo, ainda hoje, há mulheres que são exploradas, excluídas, violentadas, vítimas de tráfico, de exploração sexual, de trabalho escravo e mortas, só porque nasceram mulheres.
Ser mulher em alguns países é sujeitar-se, entre outros, a ser violada e humilhada publicamente, obrigada a isolar-se em condições degradantes e sem direitos ou forçadas à mutilação genital feminina. Estas duras realidades, mesmo ilegais ou consideradas na lei como crime em muitos países, continuam a acontecer e têm sido a causa de morte para muitas mulheres. E os culpados ficam impunes, pela inércia ou mesmo a conivência das autoridades, que se regem ainda por costumes estabelecidos pelos modelos patriarcais onde a mulher é totalmente desvalorizada.
Apesar das grandes campanhas de informação e sensibilização, e de em muitos países ser já legislado como crime público, o drama da violência doméstica – drama comum a todas as comunidades e culturas continua a destruir, diariamente, a vida de muitas mulheres. São ainda demasiadas as mulheres que vivem sujeitas a agressões físicas e psicológicas ou que são assassinadas pelos maridos, companheiros ou namorados. Mulheres que carregam vidas de sofrimento que vão além do tempo, com marcas que se perpetuarão em toda a sua vida.
DÍA INTERNACIONAL DE LA MUJER 8 DE MARZO DE 2018
MUJER: LA ANUNCIADORA DE LA DIGNIDAD Y DE LA LIBERTAD
El MMTC - El Movimiento Mundial de Trabajadores Cristianos celebra el día 8 de marzo, con todas las mujeres en el mundo, este camino de la historia recorrida hacia la emancipación, la asunción del poder y la igualdad de género, especialmente en el acceso a los derechos civiles, las oportunidades profesionales, en las responsabilidades familiares y evoca, con afecto y gratitud, a todas las mujeres que han asumido esta causa y esta lucha.
Celebrar el Día Internacional de la Mujer sigue teniendo perfecto sentido porque, en muchas partes del mundo, en la actualidad, todavía hay mujeres que son explotadas, excluidas, violadas, objeto de trata, explotadas sexualmente, esclavas y asesinadas simplemente porque nacieron mujeres. Ser mujer, en algunos países, es someterse, sobretodo, a ser violada y humillada en público, verse obligada a aislarse en condiciones degradantes o ser forzada a la mutilación genital femenina. Estas duras realidades, incluso ilegales o consideradas en la ley como un crimen, continúan existiendo y son la causa de la muerte de muchas mujeres. Y los culpables quedan impunes, por la inercia, o incluso, la complicidad de las autoridades, que se rigen por tradiciones establecidas y que siguen siendo patriarcales, donde la mujer está totalmente infravalorada.
A pesar de la grande información, de campañas de sensibilización y del hecho de que en muchos países ya se considera una ofensa pública, existe la tragedia de la violencia doméstica -un drama común a todas las comunidades y culturas- que continúa destruyendo, todos los días, las vidas de muchas mujeres. Todavía hay demasiadas mujeres que sufren abusos físicos o psicológicos, o que son asesinadas por sus maridos, compañeros o parejas. Mujeres que llevan vidas de sufrimiento más allá del tiempo, con marcas que se perpetuarán a lo largo de sus vidas.
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MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO
POR OCASIÃO DA CONFERÊNCIA INTERNACIONAL
SOBRE O TRABALHO COM O TEMA:
«DA POPULORUM PROGRESSIO À LAUDATO SI'»
Venerado Irmão Senhor Cardeal Peter K. A. Turkson
Prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral
Nestes dias, convocados pelo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, os representantes de várias organizações sindicais e movimentos de trabalhadores reuniram-se em Roma para refletir e se confrontar sobre o tema «Da Populorum progressio à Laudato si’. O trabalho e o movimento dos trabalhadores no centro do desenvolvimento humano integral, sustentável e solidário». Agradeço a Vossa Eminência e aos colaboradores, e dirijo a minha cordial saudação a todos.
Na sua Encíclica Populorum progressio, o Beato Paulo VI afirma que «o desenvolvimento não se reduz a um simples crescimento económico. Para ser autêntico, deve ser integral», ou seja, promover integralmente cada indivíduo e também todas as pessoas e todos os povos.[1] E dado que «a pessoa floresce no trabalho»,[2] a doutrina social da Igreja pôs em evidência, em diversas ocasiões, que esta não é uma questão entre muitas outras, mas sobretudo a «chave essencial» de toda a questão social.[3] Com efeito, o trabalho «condiciona o desenvolvimento não só económico, mas também cultural e moral das pessoas, da família, da sociedade».[4]
Como base do florescimento humano, o trabalho constitui uma chave para o desenvolvimento espiritual. Segundo a tradição cristã, ele é mais do que um simples agir; é, sobretudo, uma missão. Colaboramos com a obra criadora de Deus quando, através do nosso trabalho, cultivamos e conservamos a criação (cf. Gn 2, 15);[5] no Espírito de Jesus, participamos na sua missão redentora quando, mediante a nossa atividade, damos sustento às nossas famílias e respondemos às necessidades do nosso próximo. Jesus, que «passou a maior parte dos anos da vida sobre a terra, junto de um banco de carpinteiro, dedicando-se ao trabalho manual,»[6] e consagrou o seu ministério público para libertar as pessoas de doenças, de sofrimentos e da própria morte,[7] convida-nos a seguir os seus passos através do trabalho. Deste modo, «cada trabalhador é a mão de Cristo que continua a criar e a praticar o bem».[8]
Além de ser essencial para o florescimento da pessoa, o trabalho é também uma chave do desenvolvimento social. «Trabalhar com os outros é trabalhar para os outros»,[9] e o fruto deste agir oferece uma «ocasião de intercâmbios, de relações e de encontro».[10] Todos os dias, milhões de pessoas cooperam para o desenvolvimento mediante as suas atividades manuais ou intelectuais, nas grandes cidades ou nas áreas rurais, desempenhando cargos complexos ou simples. Todas elas constituem a expressão de um amor concreto pela promoção do bem comum, de um amor civil.[11]
O trabalho não pode ser considerado uma mercadoria, nem sequer um mero instrumento na cadeia produtiva de bens e serviços,[12] mas, dado que é essencial para o desenvolvimento, tem a prioridade em relação a qualquer outro fator de produção, inclusive o capital.[13] Daqui deriva o imperativo ético de «defender os postos de trabalho»,[14] de criar outros novos em proporção ao aumento da rentabilidade económica,[15] e é necessário também garantir a dignidade do trabalho.[16]
No entanto, como observava Paulo VI, não se deve exagerar a “mística” do trabalho. A pessoa «não é apenas trabalho»; existem outras necessidades humanas que devemos cultivar e ter em consideração, como a família, os amigos e o descanso.[17] Por conseguinte, é importante recordar que qualquer trabalho deve estar ao serviço da pessoa, e não a pessoa ao serviço do trabalho,[18] e isto comporta que devemos pôr em questão as estruturas que prejudicam ou exploram as pessoas, as famílias, as sociedades e a nossa mãe terra.
Quando o modelo de desenvolvimento económico se baseia unicamente no aspeto material da pessoa, ou quando beneficia apenas alguns, ou quando danifica o meio ambiente, provoca um grito, tanto dos pobres como da terra, que «reclama de nós outro rumo».[19] Para ser sustentável, este rumo deve colocar no centro do desenvolvimento a pessoa e o trabalho, mas integrando a problemática do trabalho com a do meio ambiente. Tudo está interligado, e devemos responder de maneira integral.[20]
Uma contribuição válida para tal resposta integral por parte dos trabalhadores é mostrar ao mundo aquilo que conheceis bem: o vínculo entre os três “T”: terra, teto e trabalho.[21] Não queremos um sistema de desenvolvimento económico que aumente o número de desempregados, nem de pessoas desabrigadas ou sem terra. Os frutos da terra e do trabalho são para todos,[22] e «devem ser distribuídos equitativamente a todos».[23] Este tema adquire relevância especial em relação à propriedade da terra, quer nas áreas rurais quer nas urbanas, e às normas jurídicas que garantem o acesso à mesma.[24] E a este respeito, o critério de justiça por excelência é o destino universal dos bens, cujo «direito universal ao seu uso» constitui o «primeiro princípio de toda a ordem ético-social».[25]
É pertinente recordar isto hoje, quando nos preparamos para celebrar o 70° aniversário da Declaração Universal dos Direitos do Homem, e também num momento em que os direitos económicos, sociais e culturais devem ser tidos em maior consideração. Mas a promoção e a defesa de tais direitos não se pode realizar em detrimento da terra e das gerações vindouras. A interdependência entre trabalho e meio ambiente obriga-nos a redefinir os tipos de ocupação que queremos promover no futuro e aqueles que devem ser substituídos ou recolocados, como podem ser, por exemplo, as atividades da indústria de combustíveis fósseis poluentes. A fim de proteger a nossa mãe terra, é iniludível uma passagem da indústria energética atual para uma mais renovável. Mas é injusto que esta transição seja paga com o trabalho e com a casa dos mais necessitados. Isto é, o preço da extração da energia da terra, bem comum universal, não pode recair sobre os trabalhadores e as suas famílias. A este propósito, os sindicatos e os movimentos que conhecem a ligação entre trabalho, casa e terra têm uma grande contribuição a dar, e devem oferecê-la.
Outro contributo importante dos trabalhadores para o desenvolvimento sustentável consiste em evidenciar uma tríplice conexão, um segundo jogo de três “T”: desta vez, entre trabalho, tempo e tecnologia. No respeitante ao tempo, sabemos que a «contínua aceleração das mudanças» e «a intensificação dos ritmos de vida e de trabalho», que alguns denominam «rapidación», não favorecem o desenvolvimento sustentável, nem sequer a sua qualidade.[26] Sabemos também que a tecnologia, da qual recebemos muitos benefícios e tantas oportunidades, pode impedir o desenvolvimento sustentável, quando é associada a um paradigma de poder, domínio e manipulação.[27]
No contexto atual, conhecido como a quarta revolução industrial, caraterizado por esta “rapidação” e pela sofisticada tecnologia digital, pela robótica e pela inteligência artificial,[28] o mundo tem necessidade de vozes como a vossa. São os trabalhadores que, na sua luta pela justa jornada de trabalho, aprenderam a enfrentar uma mentalidade utilitarista, de breve alcance e manipuladora. Para esta mentalidade, não importa se existe degradação social e ambiental; não importa o que se usa e o que se descarta; não importa se há trabalho forçado de crianças ou se o rio de uma cidade é poluído. A única coisa que importa é o lucro imediato. Tudo se justifica em função do deus dinheiro.[29] Dado que muitos de vós contribuístes no passado para combater esta patologia, hoje ocupais uma boa posição para a poder corrigir no futuro. Peço-vos que enfrenteis esta difícil temática e que nos mostreis, segundo a vossa missão profética e criativa,[30] que é possível uma cultura do encontro e do cuidado. Hoje já não está em jogo apenas a dignidade de quem tem uma ocupação, mas a dignidade do trabalho de todos, e da casa de todos, a nossa mãe terra.
Por isso, e como afirmei na Encíclica Laudato si’, temos a necessidade de um diálogo sincero e profundo para voltar a definir a ideia de trabalho e o rumo do desenvolvimento.[31] Mas não podemos ser ingénuos e pensar que o diálogo acontecerá naturalmente e sem conflitos. São necessárias pessoas que trabalhem sem parar para dar vida a processos de diálogo a todos os níveis: no plano da empresa, do sindicato, do movimento; a nível de bairro e de cidade, regional, nacional e global. Neste diálogo sobre o desenvolvimento, todas as vozes e visões são necessárias, mas especialmente as vozes menos ouvidas, as das periferias. Conheço o esforço de muitas pessoas para fazer sobressair estas vozes nas sedes onde se tomam decisões sobre o trabalho. Peço-vos que assumais este nobre compromisso.
A experiência ensina que, para que um diálogo seja frutuoso, é preciso começar a partir daquilo que temos em comum. Para dialogar sobre o desenvolvimento é conveniente recordar o que nos irmana como seres humanos: a nossa origem, a pertença e o destino.[32] Sobre esta base, poderemos renovar a solidariedade universal de todos os povos,[33] incluindo a solidariedade com os povos do futuro. Além disso, poderemos encontrar o modo de sair de uma economia de mercado e financeira que não confere ao trabalho o valor que merece, e orientá-la para outra, na qual a atividade humana é o centro.[34]
Os sindicatos e os movimentos de trabalhadores devem ser por vocação peritos em solidariedade. Mas a fim de contribuir para o desenvolvimento solidário, peço-vos que eviteis três tentações. A primeira, do individualismo coletivista, ou seja, proteger unicamente os interesses daqueles que representais, ignorando os outros pobres, marginalizados e excluídos do sistema. É necessário investir numa solidariedade que vá mais além das muralhas das vossas associações, que tutele os direitos dos trabalhadores, mas sobretudo daqueles cujos direitos nem sequer são reconhecidos. Sindicato é uma palavra bonita, que deriva do grego dikein (fazer justiça) e syn (juntos).[35] Por favor, fazer justiça juntos, mas em solidariedade com todos os marginalizados.
O meu segundo pedido é que eviteis o câncer social da corrupção.[36] Assim como, em certas ocasiões, «a política é responsável pelo próprio descrédito por causa da corrupção»,[37] também acontece o mesmo com os sindicatos. É terrível a corrupção daqueles que se dizem “sindicalistas”, que se põem de acordo com os empresários e não se interessam pelos trabalhadores, deixando milhares de colegas sem trabalho; este é um flagelo que mina as relações, destruindo muitas vidas e tantas famílias. Não deixeis que os interesses ilícitos arruínem a vossa missão, tão necessária na época em que vivemos. O mundo e a criação inteira aspiram com esperança a ser libertados da corrupção (cf. Rm 8, 18-22). Sede promotores de solidariedade e de esperança para todos. Não vos deixeis corromper!
O terceiro pedido é que não vos esqueçais do vosso papel de educar as consciências para a solidariedade, o respeito e o cuidado. A consciência da crise do trabalho e da ecologia deve traduzir-se em novos estilos de vida e políticas públicas. Para dar vida a estes estilos de vida e leis, temos necessidade que as instituições como as vossas cultivem virtudes sociais que favoreçam o florescimento de uma nova solidariedade global, que nos permita evitar o individualismo e o consumismo, e que nos motivem a pôr em questão os mitos de um progresso material indefinido e de um mercado desprovido de regras justas.[38]
Espero que este Congresso produza uma sinergia capaz de propor linhas de ação concretas a partir do ponto de vista dos trabalhadores, caminhos que nos levem a um desenvolvimento humano integral, sustentável e solidário.
Agradeço-lhe novamente, Senhor Cardeal, assim como àqueles que participaram e ofereceram a própria contribuição, e a todos envio a minha Bênção.
Vaticano, 23 de novembro de 2017
Francisco
[1] N. 14.
[2] Discurso à Confederação Italiana dos Sindicatos dos Trabalhadores (CISL), 28 de junho de 2017.
[3] João Paulo II, Carta Enc. Laborem exercens (1981), 3.
[4] Pontifício Conselho «Justiça e Paz», Compêndio da Doutrina Social da Igreja (2005), n. 269.
[5] Cf. Concílio Ecum. Vaticano II, Constituição Past. Gaudium et spes, 34; João Paulo II, Carta Enc. Laborem exercens (1981), 25.
[6] Carta Enc. Laborem exercens, 6.
[7] Cf. Compêndio da Doutrina Social da Igreja, n. 261.
[8] Ambrósio, De obitu Valentiniani consolatio, 62, cit. in Compêndio da Doutrina Social da Igreja, n. 265.
[9] João Paulo II, Carta Enc. Centesimus annus (1991), 31.
[10] Compêndio da Doutrina Social da Igreja, n. 273; cf. Carta Enc. Laudato si’, 125.
[11] Cf. Discurso à Confederação Italiana dos Sindicatos dos Trabalhadores (CISL); Carta Enc. Laudato si’, 231.
[12] Cf. João Paulo II, Carta Enc. Laborem exercens, 7.
[13] Cf. Compêndio da Doutrina Social da Igreja, n. 276.
[14] Exortação Apost. Evangelii gaudium, 203.
[15] Cf. ibid., 204.
[16] Cf. ibid., 205.
[17] Cf. Discurso à Confederação Italiana dos Sindicatos dos Trabalhadores (CISL).
[18] Cf. Compêndio da Doutrina Social da Igreja, n. 272.
[19] Carta Enc. Laudato si’, 53.
[20] Cf. ibid., 16, 91, 117, 138 e 240.
[21] Cf. Discurso aos participantes no encontro mundial dos movimentos populares, 5 de novembro de 2016.
[22] Cf. Carta Enc. Laudato si’, 93.
[23] Concílio Ecum. Vaticano II, Constituição Past. Gaudium et spes, 69.
[24] Cf. Compêndio da Doutrina Social da Igreja, n. 283.
[25] Carta Enc. Laudato si’, 93.
[28] Cf. J. Manyika, Technology, jobs, and the future of work. McKinsey Global Institute. Nota informativa preparada pelo Fórum Mundial “Fortune” — Time, dezembro de 2016 (atualizada em fevereiro de 2017).
[29] Trata-se de um perigoso «relativismo prático»: cf. Carta Enc. Laudato si’, 122.
[30] Cf. Discurso à Confederação Italiana dos Sindicatos dos Trabalhadores (CISL).
[31] Cf. nn. 3 e 14.
[32] Cf. Carta Enc. Laudato si’, 202.
[33] Cf. ibid., 14, 58, 159, 172 e 227.
[34] Cf. Discurso à Confederação Italiana dos Sindicatos dos Trabalhadores (CISL).
[36] Cf. Exortação Apost. Evangelii gaudium, 60.
[37] Carta Enc. Laudato si’, 197.
EL TRABAJO Y LAS ORGANIZACIONES DE TRABAJADORES EN EL CENTRO DE UN DESARROLLO INTEGRAL Y SOSTENIBLE
1. El encuentro de organizaciones sindicales convocado por el Dicasterio para la Promoción del Desarrollo Humano Integral, abre nuevas y esperanzadoras perspectivas para la reflexión y la contribución compartida de los movimientos de trabajadores a las sociedades contemporáneas.
2. Su desarrollo ha estado basado en un análisis desde las diferentes regiones del mundo hoy, desde la realidad de los trabajadores, las ciencias sociales, los estándares internacionales, el Evangelio y la Doctrina Social de la Iglesia, desde la Rerum novarum a la Laudato si’.
3. Este encuentro ha hecho posible identificar, que el actual modelo de globalización ha fallado a la gente trabajadora y ha resultado en niveles históricos de desigualdad, que combinados con la digitalización y el cambio climático, presenta numerosos aspectos preocupantes. Entre ellos el debilitamiento de la legislación laboral y las regulaciones de los gobiernos, el comercio injusto, la financiarización de la economía y la fe ciega en la tecnología como una solución a los problemas de la organización social. El incremento de la robotización, el individualismo, la desigualdad, la precariedad, el desempleo masivo, la pobreza y el fenómeno de la exclusión y el descarte de las personas están poniendo la “casa común” en riesgo. Estas tendencias presentan serios desafíos tanto para los actores sociales como institucionales y en particular para el mundo del trabajo.
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Venerable Hermano
Señor Cardenal Peter K.A. Turkson
Prefecto del Dicasterio para el Desarrollo Humano Integral
En estos días, los representantes de diversas organizaciones sindicales y movimientos de trabajadores se han reunido en Roma, convocados por el Dicasterio para el Servicio Humano Integral, para reflexionar y debatir sobre el tema «De Populorum Progressio a Laudato Si’. El trabajo y el movimiento de los trabajadores en el centro del desarrollo humano integral, sostenible y solidario». Doy las gracias a Vuestra Eminencia y a los colaboradores, asimismo saludo con afecto a todos ustedes.
El Beato Pablo VI en su encíclica Populorum Progressio decía que «el desarrollo [humano] no se reduce al simple crecimiento económico. Para ser auténtico, debe ser integral», es decir, promover toda la integridad de la persona, y también a todas las personas y pueblos.[1] Y dado que «la persona florece en el trabajo»,[2] la Doctrina Social de la Iglesia ha enfatizado, en repetidas ocasiones, que ésta no es una cuestión entre tantas, sino más bien la «clave esencial» de toda la cuestión social.[3] En efecto, el trabajo «condiciona no sólo el desarrollo económico, sino también el cultural y moral de las personas, de la familia, de la sociedad».[4]
Como base del florecimiento humano, el trabajo es clave para el desarrollo espiritual. Según la tradición cristiana, éste es más que una simple labor; es, sobre todo, una misión. Colaboramos con la obra creadora de Dios, cuando por medio de nuestro obrar cultivamos y custodiamos la creación (cf. Gn 2,15);[5] participamos, en el Espíritu de Jesús, de su misión redentora, cuando mediante nuestra actividad alimentamos a nuestras familias y atendemos las necesidades de nuestro prójimo. Jesús, quien «dedicó la mayor parte de su vida terrena a la actividad manual junto al banco del carpintero»[6] y consagró su ministerio público a liberar a personas de enfermedades, sufrimientos y de la muerte misma,[7] nos invita a seguir sus pasos a través del trabajo. De este modo, «cada trabajador es la mano de Cristo que continúa creando y haciendo el bien».[8]
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Para este diálogo estão convocados os principais sindicatos do mundo e a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Do Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos (MMTC) participará a sua co-presidenta, a portuguesa Fátima Almeida, e Abraham Canales, director da revista cristã Noticias Obreras, de Espanha.
O Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, do Cardeal Peter Turkson, convoca, nos dias 22 e 23 de novembro, na Sala Nova do Sínodo da Cidade do Vaticano, este Encontro Internacional de Organizações Sindicais – histórico, pois não consta um precedente similar – com o slogan «De Populorum progressio a Laudato si´. O trabalho e o movimento dos trabalhadores no centro do desenvolvimento humano integral, sustentável e solidário. Porque é que o mundo do trabalho continua sendo a chave do desenvolvimento neste mundo global?». O Vaticano mais uma vez coloca em destaque o trabalho humano e a dignidade da pessoa.
A perspectiva deste encontro é muito significativa. A Doutrina Social da Igreja, em cujos princípios esta iniciativa é inspirada, aposta por «gerar acordos que promovam um desenvolvimento humano integral, sustentável e solidário». Na proposta e no documento preparatório, referem-se as encíclicas: Populorum Progressio, sobre o desenvolvimento dos povos; Sollicitudo rei Socialis, sobre a preocupação social da Igreja, Laborem Exercens, sobre o trabalho humano; Caritas in Veritate, sobre o desenvolvimento humano integral e Laudato Si´, sobre o cuidado da casa comum. A contribuição de cinco papas que valorizam o pensamento social da Igreja na relação com o trabalho e o desenvolvimento humano integral, sustentável e solidário.
- El papa Francisco convoca a los sindicatos para abordar conjuntamente los desafíos del trabajo
- Oración para la Jornada del 7 de octubre de 2017
- 07 DE OCTUBRE - Lucha de los trabajadores del mundo por una Renta Básica Universal
- Elegida la nueva dirección del MMTC #3TVD
- Declaración final del Seminario Internacional y de la Asamblea General del MMTC - Ávila 2017
- Cardenal Blázquez: “Tierra, techo y TRABAJO son esenciales para la dignidad de las personas” #3TVD
- El MMTC se plantea impulsar la convocatoria de un Encuentro de Movimientos Populares de Europa #3TVD
- Monseñor Algora: «España sale de la crisis sin el trabajo de millones de personas. Esa economía convierte a los trabajadores en descartados»
- Mirada al empleo: es insuficiente, es precario y con grandes desigualdades #3TVD
- El papa Francisco al MMTC: «Tierra, techo y trabajo significa luchar para que todo el mundo viva conforme a su dignidad y nadie se vea descartado» #3TVD
- Las condiciones de trabajo o la ausencia de éste lesiona la “sagrada dignidad” de cada trabajador, de cada trabajadora
- Principales responsables eclesiales, sindicales y de la OIT participan en la Asamblea General del Movimiento Mundial de Trabajadores Cristianos
- El Movimiento Mundial de Trabajadores Cristianos se reúne en España para realizar su Seminario Internacional y Asamblea General
- Mensaje del MMTC para el Primero de Mayo: "¡¡¡ Viva la Clase Trabajadora !!!
- Plegaria del 7 de octubre, Jornada del MMTC por el trabajo decente
- Preparación del seminario internacional AVILA 2017 "CONSTRUYAMOS UNA SOCIEDAD JUSTA, FRATERNAL, SOLIDARIA Y SOSTENIBLE"
- Roma: III Encuentro Mundial de Movimientos Populares, un grito de esperanza
- Mensaje del Movimiento Mundial de Trabajadores Cristianos en el Día Internacional de la Mujer.
- Encuentro del Consejo Internacional del MMTC y del Grupo coordinador del MTCE, preparatorios a la Asamblea General
- El MMTC y el MTCE PARTICIPAN en el III Encuentro de movimientos populares con el Papa Francisco